quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Artigo de opinião

Pessoal do 2º ano, aí vão algumas explicações para ajudá-los na produção do artigo de opinião.
Acessem os sites: http://www.folha.uol.com.br/ e procurem por "Colunas"; no site http://www.estadao.com.br/ , procurem por "Opinião".
Ao acessar os sites vocês terão contato com diversos gêneros. É importante que vocês saibam a função de cada um deles e como identificá-los e diferenciá-los. Deixem suas dúvidas ou comentários. 

ARTIGO DE OPINIÃO

É um gênero discursivo claramente argumentativo que tem por objetivo expressar o ponto de vista do autor que o assina sobre alguma questão relevante em termos sociais, políticos, culturais, etc. O caráter argumentativo do texto de opinião é justificado pelas justificativas de posições arroladas pelo autor para convencer os leitores da validade da análise que faz.

Estrutura: não apresentam uma estrutura fixa, mas precisam contar com partes que desempenhem determinadas funções.

O que se costuma observar é que o primeiro parágrafo costuma trazer uma contextualização do tema abordado, para que o leitor possa se localizar e recuperar as informações de que dispõe sobre o assunto.

Desenvolvimento do texto: construção de uma cadeia argumentativa. As estratégias exploradas para convencer o leitor da tese defendida vão variar de autor para autor, mas todos precisam organizar os argumentos de modo a sustentar sua análise. O encerramento do texto é, necessariamente, uma conclusão da análise apresentada.

Linguagem: o espaço de circulação e o perfil dos leitores definem o grau de formalidade que devem manter no uso da linguagem. Geralmente jornais e revistas esperam que seus articulistas façam uso da modalidade escrita culta da língua portuguesa. Entretanto, os artigos de opinião admitem a expressão de uma perspectiva mais subjetiva ainda que controlada pelo forte teor argumentativo desse gênero.



segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Vem aí

Olá pessoal!
Em breve neste espaço teremos artigos de opinião produzidos por alunos do 2º ano. Fiquem de olho!

domingo, 23 de maio de 2010

Simulado Unicamp

Olá pessoal...

A Unicamp divulgou o simulado com o novo formato da prova para o vestibular 2011. Deem uma olhada como ficou a prova de Redação. Dia 15 de junho eles divulgarão redações comentadas, aí faremos algumas aulas em cima disso.

http://www.comvest.unicamp.br/vest2011/simulado/divulga_prova.html

Até mais.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Novas atitudes em relação à escrita

Olá pessoal, aí vão algumas orientações sobre o ato de escrever...


É imprescindível:
  • Escrever todos os dias: anotações de aula, diários, resumos de leituras (muitos não sabem fazer), textos com suas opiniões acerca de acontecimentos (olha a ficha de leitura aí...), cartas (pode ser e-mail, bem escrito, claro), bilhetes (não no meio da explicação...), projetos, etc;
  • Acreditar que você pode escrever bem, que está melhorando e que vai chegar lá impulsiona o aperfeiçoamento;
  • Ser automotivado, deixar a preguiça de lado e se esforçar;
  • Querer saber muito mais, ir mais profundamente às questões;
  • Considerar a escrita como uma habilidade importante para o nosso sucesso profissional;
  • Reconhecer que pela escrita participamos mais do  mundo;
  • Ler muito, ler diversos tipos de texto, ler melhor a cada dia.
Com exceção dos comentários entre parênteses, a fonte consultada (direito autoral, viu gente!) foi: Garcez, Lucília H. do Carmo. Técnica de Redação. São Paulo: Martins Fontes, 2004

sábado, 24 de abril de 2010

Quando eu falo, ninguém acredita...

Atenção 3º ano! Esse texto fará parte de um trabalho...em breve...
1º  e 2º anos leiam também...
Texto publicado na Revista Língua Portuguesa 02/2010, edição 52.

Pecados corporativos
Os problemas de escrita nas empresas que podem tornar a comunicação profissional um inferno
(Lígia Velozo Crispino)

A comunicação é um ato diário e constante, que faz a diferença entre o sucesso e o fracasso de relações profissionais, pessoais e familiares. No entanto, muitas pessoas preferem transferir o problema ao leitor ou interlocutor, afirmando que ele não é capaz de entender a sua mensagem. Nunca param para analisar que a limitação pode estar na maneira como se expressam.
Para eliminar essa barreira comportamental rumo ao sucesso na comunicação, temos de deixar de lado a postura egoísta que registramos na infância. Ainda bebês, mesmo com muita dificuldade, limitações e erros, nossos pais e familiares conseguem nos entender, passando a falsa imagem de que é fácil sermos entendidos e não há necessidade de nos esforçarmos.
No mundo corporativo, há anos já não existe mais a figura da secretária de departamento responsável pela elaboração e revisão de comunicados, apresentações e relatórios. Na era do conhecimento e da internet, em que qualquer funcionário escreve e-mails para toda a empresa, fornecedores e clientes, e não raro escreve em nome da empresa, a exigência da comunicação eficiente em português tornou-se fundamental.

O e-mail se consolidou como uma ferramenta de comunicação corporativa, mas também é um documento que, na maioria das empresas, ficará arquivado por muito tempo, um registro de erros. Por isso, é preciso que as pessoas dediquem uma especial atenção a essa modalidade de interação.

Domínio
Por isso, a segunda e a mais importante barreira é o bom domínio do português, que envolve:
VOCABULÁRIO - Pesquisas, como a realizada pela Johnson O'Connor Research Foundation, Paul Nation e Harvard Business School, revelam que a ascensão profissional nos Estados Unidos está diretamente ligada à quantidade de vocabulário que o profissional domina.
A quantidade mostra-se uma qualidade: quanto mais palavras houver em seu repertório, mais apto o profissional estará para desempenhar um cargo hierarquicamente superior, uma vez que sua comunicação será mais segura e desenvolta. Uma das principais competências de quem exerce posição de liderança é uma ótima comunicação.
GRAMÁTICA - É o meio pelo qual estruturamos nossos pensamentos. É o conjunto de regras que permite a relação harmônica e coerente entre as palavras.
ORTOGRAFIA - Mesmo com o corretor ortográfico, há erros que não são detectados. Não confie cegamente em corretores eletrônicos. A ortografia é um dos componentes mais desafiadores da comunicação escrita em português.
PONTUAÇÃO - Responsável pela clareza dos textos. Se não for utilizada corretamente, haverá, fatalmente, problemas de compreensão.
ACENTUAÇÃO - Erros também podem ser detectados pelo corretor, mas, além de ele não ser totalmente confiável, é necessário ter uma versão atualizada, por conta das novas regras da reforma ortográfica. Muitas delas são relacionadas a regras de acentuação.

Os erros de linguagem se enquadram em duas esferas: forma e conteúdo. O conteúdo abrange questões de qualidade do texto, como a escolha das palavras (que devem ser adequadas ao público e ao objetivo do texto), coerência, coesão, clareza e objetividade. Já a forma diz respeito à ortografia e a uma pontuação que facilite a leitura e o entendimento do texto, ou seja, que facilite a comunicação.

Tom
Na comunicação escrita, as pessoas que leem a mensagem poderão dar a entonação que quiserem. Tudo dependerá de seu humor no momento da leitura e também do relacionamento que se tem com o responsável pela redação do texto. Como não há um contato visual, não há como explicar uma frase ambígua, esclarecer dúvidas.
A imprecisão de mensagens pode gerar retrabalho, uma vez que serão necessárias várias trocas de e-mails para buscar esclarecimentos, o que pode afetar a produtividade. Sem falar em questões maiores, como prejuízos sérios para a imagem das marcas.
Mudança
As empresas estão, cada vez mais, buscando aperfeiçoar e integrar suas equipes através de treinamentos. Porém, os profissionais precisam atentar para o fato de que são eles os responsáveis por seu aprimoramento e empregabilidade.
Há problemas clássicos de língua portuguesa que prejudicam a comunicação de um profissional dentro da empresa, que estão enumerados nestas páginas como os 7 pecados da escrita corporativa.

A língua é viva e está em constante mudança. Estudar português é um eterno desafio. Metade das suas chances de conseguir uma promoção ou de ser o escolhido em um processo seletivo está concentrada nas habilidades comunicativas que você possui, daí a importância de desenvolvê-las.


Até mais pessoal!







domingo, 11 de abril de 2010

Pecados mortais da redação dissertativa

1-) Lugares-comuns ou clichês, adjetivos cristalizados, desgastados pelo uso:
Não há nada mais desgastante para um texto do que o costume de repetir infinitamente os chamados clichês ou o que chamamos de “senso comum”. Fuja disso, forme opiniões próprias com expressões também suas, que carreguem os seus pontos-de-vista de maneira particular quando articulados.
2-) Linguagem coloquial:
Falar é uma coisa, escrever é outra. Vigie-se constantemente. Oberve alguns erros muito frequentes:
a) Se o apagão vai vir pra ficar...
b) O presidente pegou e pensou que o povo brasileiro era burro.
c) A nível de competência, João é muito mais que José.
d) Com a derrota da inflação, o povo ficou hiper feliz.
e) Diante das tristezas desse país, paramos e pensamos: é preciso mudar!
3-) Verdades evidentes (os truísmos):
Os chamados truísmos são denunciadores, em primeiro lugar, da fragilidade de nossas ideias, que se deixam assentar sobre o óbvio; em segundo, denunciam o uso do senso comum, das obviedades constantes que ouvimos. Veja os exemplos:
O primeiro turno das eleições brasileiras acontece sempre em outubro...
Os homens, que são animais racionais...
4-) Queísmo (encadeamento de quês sequenciados):
O certo é que, sabedores de que foram escolhidos pelo povo que neles votou de maneira inocente, os políticos que desonram tais votos que...
5-) Uso de provérbios ou ditos populares: evite-os.
6-) Uso de gírias: fazem parte de uma linguagem coloquial, que não condiz com a produção de um texto para o vestibular, por exemplo.
7-) Uso de emoções exageradas:
Morte aos bandidos!
8-) Tente não analisar o tema proposto sob apenas um dos ângulos da questão:
“Para conhecer o gato, é preciso conhecer o ponto de vista do rato.”
9-) Fuga ao tema proposto:
O desenvolvimento pode ser magnífico, mas se fugir ao tema, vai inevitavelmente tirar zero.
10-) Parágrafos grandes ou pequenos?
A paragrafação depende única e exclusivamente de quem escreve. Há algum tempo dava-se um valor enorme ao tamanho do parágrafo; hoje, observa-se se o aluno sabe usar bem os pronomes relativos quando escreve parágrafos mais ou menos extensos ou se administra bem o uso de conectivos.
11-) Criatividade:
É preciso tomar muito cuidado com as tais lendas que cercam a feitura das redações. Dizer, por exemplo, que o tema era “Insônia” e que o aluno escreveu “tic-tac” em todas as linhas e colocou um “triiiiiimmmmmm” no fim do texto....bem, acredite se quiser...aproveite também para acreditar em coelhinho da Páscoa e Papai Noel.
12-) A gíria e a linguagem coloquial:
A linguagem a ser usada é a norma culta, nem sofisticada excessivamente nem coloquial.
13-) Ortografia e concordância:
Preste muita atenção ao que escreve. Quando repetimos muitos erros de ortografia, concordância e regência, estamos passando um atestado de que também não lemos.
14-) Letra ruim:
Os manuais falam em letra legível não em letra bonita. Ocorre que os garranchos também podem ser vistos como pecados mortais: impedem o corretor de tomar contato com o que você escreve, pois ele tem que decifrar o que está escrito.
15-) Número de linhas:
Fazer uma dissertação com 15 linhas é de todo improvável: como argumentar em 15 linhas, opinar, exemplificar, questionar, finalizar? Há que se ter o mínimo de bom senso nesse sentido. Estabeleçamos 20/25 linhas como o mínimo.
E o máximo? Isso depende de cada vestibular, ou outro momento em que sua escrita é solicitada. Geralmente o que se pede são 30 linhas.

domingo, 28 de março de 2010

Primeiro parágrafo: como começar uma dissertação

Bom dia pessoal! Como havia prometido aí vai uma orientação sobre como começar uma redação. Mas lembrem-se: não é uma fórmula infalível, apenas um caminho a se seguir. O trabalho com o texto requer esforço, dedicação, trabalho, estudo sério.
O primeiro parágrafo de uma dissertação é sempre muito importante: sua leitura determina o tipo de envolvimento que o leitor terá coma aquele texto. Assim, um início que desperte o interesse para a análise a ser de senvolvida favorece a aceitação do caminho argumentativo que será proposto pelo autor. além disso, o parágrafo inicial indica o percurso analítico escolhido pelo autor para tratar do tema abordado. Vamos ver algumas possibilidades:
1-) A apresentação da questão a ser tratada
O modo mais tradicional de introduzir um texto dissertativo consiste na apresentação resumida da questão a ser analisada. esse tipo de abertura atende a duas necessidades: apresenta ao leitor as informações básicas que permitem a contextualização do tema; informa, de modo abrangente, os aspectos que serão contemplados pela análise.
2-) A abordagem histórica
Outra abertura muito frequente é a que dá um tratamento histórico a questão tematizada, resgatando, em momentos passados, acontecimentos que ilustram o tema a ser abordado.
3-) O uso de citações
às vezes, a abertura do texto com uma citação (direta ou indireta) pode ajudar a explicitar o viés analítico a ser explorado. a citação do texto de um autor consagrado também pode contribuir para reforçar, por meio da autoridade do especialista citado, a validade do ponto de vista defendido em uma dissertação.
4-) Iniciar com pergunta(s)
Uma boa forma de introdução é iniciar o texto por meio de pergunta(s). o enunciador terá todo o restante do texto para apresentar as respostas. Mas é preciso cuidado para qe as perguntas não sejam ingênuas ou desfocadas em relação ao que se vai discutir.
Bom, gente. Por enquanto, vou colocar essas quatro possibilidades: o ideal agora é que vocês façam análises de redações, que podem ser suas ou de vestibular (olhem o site da fuvest), para que visualizem melhor esses caminhos propostos. Tentem elaborar parágrafos com essas indicações e, qualquer dúvida, postem aqui no blog ou comentem em sala de aula.
Escrevam, escrevam, escrevam...
Abraço a todos e mãos à obra!

quarta-feira, 17 de março de 2010

Redações Fuvest

O site da Fuvest contém as provas dos últimos vestibulares e algumas das melhores redações produzidas pelos vestibulandos. Vale a pena conferir. Observar como os candidatos desenvolveram os temas, leva-nos a refletir sobre nosso próprio texto.

http://www.fuvest.br/vest2010/provas/provas.stm

Clareza no texto

Uma frase perde clareza por muitos fatores, da má ordenação das ideias à pontuação inadequada. Ser claro requer esforço.

Outra preocupação é a busca pela informação compartilhada pelo leitor. Quem nos lê ou escuta não tem obrigação de intuir o que sabemos e pensamos.

Não devemos insistir em fatos muito óbvios.

Quando escrevemos, precisamos ordenar ideias e termos da oração. Ter cuidado na escolha de palavras e usá-las em construções sintáticas as mais simples. Um texto bem escrito não provoca perguntas de preenchimento.
“ Se retomo a frase para entendê-las, há um problema” (Savioli)
Pensar o todo é condição de clareza. Um texto se organiza em torno de um elemento de referência, que lhe dá coesão. A partir dele, o resto se posiciona. Uma ideia deve levar a outra, sem saltos. Um parágrafo relaciona-se ao anterior e ao seguinte.

Argumentação: as ideias apresentadas no texto devem demonstrar posicionamento crítico do autor e não ser mera reprodução de outros discursos e clichês.